[Literatura] "Os Pescadores", de Raul Brandão[Porto Editora]





Titulo : Os Pescadores

Autor: Raul Brandão

Editora: Porto Editora

Edição: 11 de 2014

Nº de Paginas: 176

Género: Romance









Opinião Por Ana Santos, Blog A Dama Dos Livros 


Nesta obra, o autor mostra-nos uma obsessão pela morte, referindo que todos os pescadores que iam para o mar morriam lá, por falta de condições, porque os barcos eram de madeira, sem condições e era muito fácil afundarem-se.
O autor foca também três aspectos muito importantes que são: a vida, a morte, e o trabalho.
A vida, porque é a vida dos pescadores e dos seus filhos, o trabalho por que eles passavam e elas, as mulheres dos pescadores, que cuidavam dos filhos, dos campos e da casa.
Esta obra narra-nos uma viagem ao longo da costa portuguesa, de Caminha até Sagres, passando pela Foz do Douro, que era a terra de Raul Brandão.
O avô materno de Raul Brandão partiu para o mar, quando a sua avó Margarida tinha vinte anos. Esta passava os dias todos à beira-mar a pentear os seus longos cabelos e a fazer renda. Quando morreu, os seus cabelos já estavam brancos.
O capitão, enquanto passeava à beira do cais, discutia com três velhotes e marinheiros que estavam sentados no banco de pedra sem fazer nada. Certo dia, os pescadores ouvem uma voz e vêem uma luz. Decidem, então, seguir a luz e vêem que são pescadores a pedir ajuda, pois tinham visto uma manca negra ao cimo da água e pensaram que era uma pessoa morta, mas não, eram toninhas que andavam atrás da sardinha.
O peixe era transportado em canastras e depois era vendido pelas mulheres que levavam o peixe nas canastras à cabeça.
A mulher que andava vestida com roupa preta, fazia para simbolizar que o seu marido já tinha morrido no mar, pois já não vinha a casa há muito tempo.
O peixe era comprado muito barato aos pescadores e depois era vendido muito caro nas cidades do Porto e Lisboa.







Biografia de Raul Brandão


Raul Brandão nasceu na Foz do Douro, Porto, a 12 de Março de 1867, e morreu em Lisboa a 5 de Dezembro de 1930. Militar de 1888 a 1911, quando se reformou do posto de capitão, foi ao jornalismo e à literatura que dedicou a sua vida, escrevendo livros, como Húmus, a sua obra-prima, ou peças de teatro como O Gebo e a Sombra, que impressionaram várias gerações até aos nossos dias. Sem nunca ter escrito poesia, a sua escrita é predominantemente poética, e a condição humana é o tema profundo da sua obra: simbolista-decadentista no início, com História de um Palhaço, impressionista no final, quando escreve Os Pescadores e As Ilhas Desconhecidas, considerado «um dos melhores livros de viagens de todos os tempos na literatura portuguesa». As suas Memórias – que agora se apresentam reunidas num único volume – são uma das grandes referências nacionais neste género literário.


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