Em um sonho, um sonho distante
Por ele passei, indo e vindo,
Sem nunca ter destino.
Voltei a onde comecei
de todas as noites…
Em que vou dormir
Deambulando em qualquer direção,
sem rumo!
Entrei num cubículo, que parecia com um museu.
Olhei para um dos lados…
reparei que tinha uma tela…
Uma tela em branco, aproximei-me
com as mãos, e com o dedo indicador
Toquei na tela em branco,
e ela se abriu para mim!
Vi campos verdejantes, como antes
nunca vira!
As flores e as árvores cresciam de um
jeito estonteantes…
Não tinha pássaros
E nem se ouvia
algum som . . .
Nem vento tinha!
Caminhei ainda mais para dentro
E lá ao fundo
Avistei um Homem,
sentando num banco de jardim.
Tinha a cabeça baixa
E não o reconheci
Mas senti um aperto
Um aperto daquele
que nos fazem chorar
Chorar muito...e então
o meu coração corria
á velocidade da luz…
O homem ao sentir
a minha presença
endireitou-se . . .
E sobre o meu
rosto, as lágrimas
Começaram a escorrer.
Se pudesse correr
já o teria feito
mas as minhas
pernas estavam
em choque
Queria -lhe falar
mas a minha voz
não saia….
…O homem, levantou-se
do banco do jardim
E se encaminhou para mim…
As suas mãos ásperas
do trabalho ardo
que levou em tempos
me acariciavam.
Com elas, me enxugou
ás lágrimas…
E repetiu vezes sem conta….

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