[Romance] "Apenas um dia", de Gayle Forman [Editorial Presença]

 Titulo - Apenas um dia 

Autor(a) - Gayle Forman  

Editora/ Chancela -  Editorial Presença

Lançamento - Dezembro de 2020

Nº de Paginas - 344

Género - Jovem Adulto/ Literatura

Sinopse:

A vida de Allyson Healey que sempre foi planeada e organizada, muda no momento que conhece Willem, um ator de espírito livre, que a convida a ir com ele a Paris e a adiar todos os seus planos. Allyson não consegue resistir e decide acompanhá-lo, uma decisão inesperada que a leva a vinte e quatro horas de romance, liberdade e intimidade que irão mudar a sua vida. Apenas Um Dia é um romance que nos fala de amor, mágoa, viagens, identidade e das contingências provocadas pelo destino, mostrando que, por vezes, para nos encontrarmos a nós próprios, temos de nos perder primeiro…

Opinião por Ana Santos, Blog A Dama dos Livros

Há livros que nos agarram pela história de amor. Outros, pela escrita. E depois há aqueles que nos tocam porque nos vemos neles, mesmo que não tenhamos passado por Paris com um desconhecido. Apenas Um Dia, de Gayle Forman, é um desses livros.

A protagonista, Allyson Healey, é uma jovem que vive segundo o que se espera dela: organizada, obediente, previsível. Até que Willem, um ator holandês com espírito livre, a convida para uma aventura espontânea em Paris. Um dia. Apenas um dia. Mas é o suficiente para abalar tudo o que ela pensava ser.

O que torna este livro especial não é só o romance fugaz, mas o que acontece depois. A ausência, a dúvida, o silêncio. A forma como Forman retrata o vazio que se segue a um momento marcante é crua e honesta. Allyson não se transforma de um dia para o outro, ela desmorona, questiona, reconstrói-se. E é nesse processo que o livro ganha profundidade.

A escrita é simples, mas carregada de emoção. Paris surge como pano de fundo, não como cenário turístico, mas como espaço de descoberta, não só da cidade, mas de si mesma. A viagem é interna, e é isso que ressoa com quem lê.

Apenas Um Dia é uma leitura para quem já se sentiu preso a uma versão de si que não escolheu. Para quem acredita que a mudança pode começar num instante. E para quem sabe que, por vezes, é preciso perder-se para se encontrar.

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